terça-feira, 5 de maio de 2015


                                         IMIGRAÇÃO JAPONESA NO BRASIL

Introdução 

No ano de 2008, comemoramos, aqui no Brasil, 100 anos da imigração japonesa. Foi em 18 de junho de 1908, que chegou ao porto de Santos o Kasato Maru, navio que trouxe 165 famílias de japoneses. A grande parte destes imigrantes era formada por camponeses de regiões pobres do norte e sul do Japão, que vieram trabalhar nas prósperas fazendas de café do oeste do estado de São Paulo.

. Do porto de Kobe a embarcação trouxe, numa viagem de 52 dias, os 781 primeiros imigrantes vinculados ao acordo imigratório estabelecido entre Brasil e Japão, além de 12 passageiros independentes. 

Motivos e início da imigração 

No começo do século XX, o Brasil precisava de mão-de-obra estrangeira para as lavouras de café, enquanto o Japão, passava por um período de grande crescimento populacional. A economia nipônica não conseguia gerar os empregos necessários para toda população, então, para suprir as necessidades de ambos países, foi selado um acordo imigratório entre os governos brasileiro e japonês. 

Nos primeiros dez anos da imigração, aproximadamente quinze mil japoneses chegaram ao Brasil. Este número aumentou muito com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Pesquisas indicam que de 1918 até 1940, aproximadamente 160 mil japoneses vieram morar em terras brasileiras. A maioria dos imigrantes preferiam o estado de São Paulo, pois nesta região já estavam formados bairros e até mesmo colônias com um grande número de japoneses. Porém, algumas famílias espalharam-se para outros cantos do Brasil como, por exemplo, agricultura no norte do Paraná, produção de borracha na Amazônia, plantações de pimenta no Pará, entre outras.

Dificuldades e desafios

O começo da imigração foi um período difícil, pois os japoneses se depararam com muitas dificuldades. A língua diferente, os costumes, a religião ,o clima, a alimentação e até mesmo o preconceito tornaram-se barreiras à integração dos nipônicos aqui no Brasil. Muitas famílias tentavam retornar ao país de origem, porém, eram impedidas pelos fazendeiros, que as obrigavam a cumprir o contrato de trabalho, que geralmente era desfavorável aos japoneses. Mesmo assim, eles venceram estes problemas e prosperam. Embora a ideia inicial da maioria fosse retornar para a terra natal, muitos optaram por fazer a vida em solo brasileiro obtendo grande sucesso.

Durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os japoneses enfrentaram muitos problemas em território brasileiro. O Brasil entrou no conflito ao lado dos aliados, declarando guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Durante os anos da guerra a imigração de japoneses para o Brasil foi proibida e vários atos do governo brasileiro prejudicaram os japoneses e seus descendentes. O presidente Getúlio Vargas proibiu o uso da língua japonesa e as manifestações culturais nipônicas foram consideradas atitudes criminosas.

Com o término da Segunda Guerra Mundial, as leis contrárias à imigração japonesas foram canceladas e o fluxo de imigrantes para o Brasil voltou a crescer. Neste período, além das lavouras, muitos japoneses buscavam as grandes cidades para trabalharem na indústria, no comércio e no setor de serviços.

Contribuições 

Atualmente, o Brasil é o país com a maior quantidade de japoneses fora do Japão. Plenamente integrados à cultura brasileira, contribuem com o crescimento econômico e desenvolvimento cultural de nosso país. Os japoneses trouxeram, junto com a vontade de trabalhar, sua arte, costumes, língua, crenças e conhecimentos que contribuíram muito para o nosso país. Juntos com portugueses, índios, africanos, italianos, espanhóis, árabes, chineses, alemães e muitos outros povos, os japoneses formam este lindo painel multicultural chamado Brasil.


Curiosidades:

- Estados brasileiros com maior porcentagem de descendentes de japoneses: São Paulo (1,9%), Paraná (1,5%) e Mato Grosso do Sul (1,4%).

 - É comemorado em 18 de junho o Dia da Imigração Japonesa.

                                                            Dekassegui
O fenômeno que se observa nos dias de hoje é a ida de brasileiros de origem japonesa e seus cônjuges para trabalhar no Japão, a maioria como operários na indústria. São os dekasseguis. Atualmente, mais de 300 mil dekasseguis estão no Japão.
Gerações
Atualmente, a colônia japonesa no Brasil está dividida em:
·         Isseis (japoneses de primeira geração, nascidos no Japão): 13%
·         Nisseis (filhos de japoneses): 31%
·         Sanseis (netos de japoneses): 41%;
·         Yonseis (bisnetos de japoneses): 13%





       




Distâncias entre o Brasil e a Europa
o    Distância do Rio de Janeiro, Brasil até Lisboa, Portugal = 7711 km
o    Distância do Rio de Janeiro, Brasil até Madrid, Espanha = 8316 km
o    Distância do Rio de Janeiro, Brasil até Berlim, Alemanha = 10.004 km
o    Distância do Rio de Janeiro, Brasil até Viena, Áustria = 9871 km
o    Distância do Rio de Janeiro, Brasil até Riga, Letónia = 10.798 km
o    Distância do Rio de Janeiro, Brasil até Paris, França = 9162 km
o    Distância do Rio de Janeiro, Brasil até Oslo, Noruega = 10.415 km
o    Distância do Rio de Janeiro, Brasil até Moscovo, Rússia = 11.542 km

O tempo gasto de avião
- Brasil  até a Europa  =    13 horas

- Brasil até Tóquio ( capital do Japão ) =   25 horas




                                                  O QUE É ANAMORFOSE

As anamorfoses geográficas são mapas esquemáticos, que não apresentam escala cartográfica. Nessas representações as áreas sofrem deformações que são matematicamente calculadas.

Essa técnica é utilizada para representar temas, como o PIB – Produto Interno Bruto, Projeções de População, mortalidade, números de exportação, entre outros dados. Nesse tipo de mapa, a superfície de cada espaço cartografado vai mudar proporcionalmente segundo uma variável estabelecida.

A cartografia por anamorfose é um instrumento que permite análises comparativas. Nesses mapas esquemáticos, é possível apresentar aspectos do espaço geográfico.

O termo anamorfose, vem do grego “anamórphosis”, e significa “formado de novo”. Esse é um tipo de mapa considerado de comunicação.

EXEMPLO DE UMA ANAMORFOSE






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